Metodologia
Os voos de pesquisa do projeto foram realizados em duas etapas, 2007-2009 e 2010-2012. As amostras de vapor de água eram coletadas em pleno voo acima da Amazônia e outras regiões do Brasil. Por um filtro instalado numa janela da aeronave, o ar externo era sugado para dentro do avião.
O ar úmido era canalizado para dentro de tubinhos de vidro inseridos em um recipiente refrigerado por uma “sopa” borbulhante de gelo seco amassado, a uma temperatura de -78 graus Celsius. Ao resfriar, o vapor de água condensava e formava gotas de água nos tubinhos que eram selados logo depois da coleta.
Os tubos com as gotas de água foram, posteriormente, enviados ao laboratório do CENA-USP (Centro de Energia Nuclear na Agricultura, da Universidade de São Paulo, Campus de Piracicaba, SP) para análise e interpretação.
Num espectrômetro de absorção a laser ultramoderno, a água coletada absorve a luz num comprimento de onda específica e identifica os átomos da amostra, técnicas isotópicas permitem caracterizar a origem dessa água e, assim, acompanhar o deslocamento das massas de ar que as levaram ao local onde foram coletadas.
Os isótopos são átomos que possuem a mesma quantidade de prótons, ou seja, são do mesmo elemento químico, mas não a mesma quantidade de nêutrons. Na pesquisa, foram analisadas as concentrações dos isótopos de O-18 e de deutério (2 H).
Os cientistas e pesquisadores que orientaram e realizaram as pesquisas constam na página Equipe Científica