O Projeto
O Projeto Rios Voadores aposta na educação ambiental e na esperança!
No final de 2013, foi selada uma nova parceria com a Petrobras, para ampliar as ações de educação ambiental do projeto, levando o tema dos rios voadores até a sala de aula através dos professores. Consideramos o professor um multiplicador: através dele, alcançamos um grande número de alunos em anos sucessivos. O projeto aposta na educação dos jovens para garantir um futuro saudável e sustentável.
Durante 2014 e 2015, para repetir o sucesso e a abrangência da iniciativa educacional e inserido no Programa Petrobras Socioambiental, o projeto promoverá oficinas para professores da rede pública de ensino em mais 17 cidades e pretende alcançar 500.000 alunos entre essas localidades e ações avulsas realizadas pelo projeto.
As cidades inseridas no novo programa ficam na Amazônia, no Centro-Oeste e no Sudeste: Alta Floresta (MT), Belo Horizonte (MG), Betim (MG), Brasília (DF), Coari (AM), Carauari (AM), Contagem (MG), Cruzeiro do Sul (AC), Manaus (AM), Mário Campos (MG), Rio Verde (GO), Santarém (PA), Senador Cañedo (GO), Sinop (MT), Tefé (AM), Uberaba (MG), Urucu (AM) e Vilhena (RO).
Com a recente adição do livro infanto-juvenil Rios que voam, de Yana Marull, ao kit de material didático, as oficinas do projeto incluem professores de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II. O convite para participar, extensivo aos professores da rede pública (municipal e estadual), é realizado através das Secretarias de Educação estaduais e municipais.
Você pode baixar aqui Rios-que-voam-baixar um pdf (3 mega) do livrinho (aguarde um pouco para o pdf todo aparecer).
Histórico do projeto
O Projeto Rios Voadores nasceu em 2007 para, através da coleta de amostras de vapor de água em um pequeno monomotor, emprestar asas às pesquisas científicas sobre as massas de ar úmido que vêm da Amazônia trazendo umidade para outras regiões do Brasil, e para fazer as informações e as descobertas dos pesquisadores sobre o assunto chegarem a toda a população brasileira.
Há três décadas, cientistas brasileiros, começando com o Prof. Enéas Salati, reconhecem e estudam os rios voadores, mas só agora, no século 21, é que nasceu uma ideia com asas para tentar aprofundar o conhecimento sobre o fenômeno. (Mais informações sobre o fenômeno dos rios voadores)
Estudos recentes têm mostrado uma ligação significativa entre o sistema climático amazônico e aquele sobre a bacia do Prata. Poucos pessoas conhecem a existência do transporte do vapor de água amazônico por essas massas de ar denominados de rios voadores ou rios aéreos. Muito menos podem imaginar que o volume de vapor de água lançado para a atmosfera pelas árvores da floresta amazônica pode ter a mesma ordem de grandeza da vazão do rio Amazonas (200.000 m3/s).
O projeto foi idealizado em decorrência de longas conversas que começaram em Manaus em 2006 entre o aviador Gérard Moss e o Prof. Antonio Donato Nobre, e contou com a subsequente colaboração do Prof. Salati e outros cientistas envolvidos no tema como José Marengo, Pedro Dias e Reinaldo Victoria. O prof. Marcelo Moreira, do CENA, projetou um equipamento para coletar amostras de vapor de água em pleno voo.
Na primeira fase do projeto, entre 2007-2009, Gérard Moss realizou inúmeros voos para coletar as amostras, em altitudes diferentes, acima de várias regiões do Brasil, mas principalmente da Amazônia. A análise das amostras foi feita no CENA (Centro de Energia Nuclear na Agricultura) da USP-Piracicaba e buscou avançar os conhecimentos sobre a origem do vapor de água transportado pelas massas de ar vindos da Amazônia, além de quantificar o papel da evapotranspiração da floresta amazônica no regime das chuvas nas regiões mais ao sul.
Na segunda fase do projeto (2010-2012), que contou com o patrocínio do Programa Petrobras Ambiental na época, uma novidade foi a interligação dos resultados das análises com as condições meteorológicas regentes na hora da coleta. Foi um trabalho complexo, uma união de forças que gerou um novo ângulo: a análise das amostras de vapor de água no CENA com a forte colaboração da equipe no CPTec.
A segunda fase também deu ênfase à educação e à conscientização. Foram escolhidas inicialmente seis cidades-chave ao longo da rota dos rios voadores: Brasília (DF), Chapecó (SC), Cuiabá (MT), Londrina (PR), Ribeirão Preto (SP) e Uberlândia (MG). Nestas cidades, a iniciativa do projeto, reforçado por parcerias com as secretarias de educação locais, conseguiu inserir uma aula sobre os rios voadores em escolas municipais e estaduais da rede pública, através de oficinas de capacitação de professores e o fornecimento de material didático.
A partir de julho de 2012, com uma nova extensão de um ano da parte educacional do projeto, cinco novas cidades – das quais quatro capitais de estado – receberam as oficinas para professores e material educacional: Campo Grande (MS), Goiânia (GO), Porto Velho (RO), Rio Branco (AC) e Santa Maria (RS).
O Projeto Rios Voadores faz parte do Brasil das Águas, projeto que, desde 2003, busca chamar a atenção do público para a preservação das nossas águas doces.